segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

E aí? Rei ou escravo?


O mundo está dividido em dois grandes grupos: os reis e os escravos. Não há como escapar. Ou você é um rei, ou é um escravo.

Se você é um rei, você faz parte de um grupo composto por algumas dezenas de pessoas, talvez chegue a alguns milhares. Se você é um escravo, faz parte de um grupo composto por alguns bilhões de pessoas. Estes são a maioria esmagadora.

Se você é um rei, está preocupado com o próximo passo, o caminho para a evolução, sua e de quem está à sua volta. Se você é um escravo, está preocupado com sua segurança e estabilidade, evitando dores e arrependimentos.

Se você é um rei, você tem aquele intenso brilho nos olhos, e dá a impressão de que sempre está vendo algo além, que ninguém mais está vendo. Se você é um escravo, você sonha acordado com coisas que sabe que nunca vai alcançar, porque não vai fazer o que é necessário para conseguir, preferindo imaginar a possibilidade de ganhar na loteria ou receber uma herança. Escravos sempre esperam que os reis façam alguma coisa para melhorar suas vidas e resolver seus problemas.

Enquanto os reis se arriscam, os escravos se protegem. Enquanto os reis tem sua segurança no seu potencial, os escravos se fiam em sua carteira assinada. Enquanto os reis buscam respostas, os escravos evitam fazer perguntas.

Reis querem, escravos desejam.

Reis agem, escravos esperam.

Quisera eu que todos fossem reis, mas o quadro não é esse. Poucos são os reis, e dentre esses poucos, a maioria não sabe que é.

Em algum momento da nossa historia, nós perdemos a consciência de quem nós somos, e como resultado disso, fizemos uma bagunça danada na vida. Tem muita gente que nasceu pra servir tentando liderar, e muita gente que nasceu pra liderar tentando servir. É por isso que tudo parece tão desorganizado no mundo.

Antes que você pergunte, SIM, você nasce sendo uma coisa ou outra.

Se você nasceu para servir, não tente liderar. Primeiro porque você vai fazer um péssimo trabalho, segundo porque você vai ser infeliz. O contrário também é verdadeiro. Se você nasceu para liderar, não adianta tentar fugir da responsabilidade assumindo o papel de alguém que nasceu para ser liderado. Você vai ser um péssimo liderado, indisciplinado, respondão, rebelde, não vai fazer nada direito e vai ser infeliz.

A desordem gera infelicidade. Descubra o que é você, e não aceite viver nada diferente disso.

Não adianta tentar tirar o seu Zé da portaria do prédio e tentar ensiná-lo a ser um líder empreendedor porque você vai fazer uma tremenda bagunça. Talvez você ache que está melhorando a vida do seu Zé o incentivando a ser dono de sua própria empresa, mas provavelmente você está estragando tudo. O seu Zé gosta de ser porteiro, e aquilo o faz feliz.

Deixe o seu Zé em paz!

A mesma coisa vale para a tentativa de encabrestar Marcos, o empreendedor, tentando fazê-lo tornar-se um funcionário público em nome da estabilidade. Um empreendedor não quer estabilidade. Ele quer construir alguma coisa do nada, correr riscos, superar os obstáculos e levar pra casa no fim do dia o resultado do seu trabalho, para transformar em semente do próximo empreendimento.

Deixa o Marcos se mexer!

Agora, o Marcos é melhor que o Zé? Não! Nem Marcos é melhor que Zé, nem Zé é melhor que Marcos. Os dois só estão seguindo os seus caminhos. Não tente mudar isso.

É claro que o Marcos sempre vai achar que empreender é mais divertido do que ficar na portaria o dia todo, mas o seu Zé nunca vai trocar a tranquilidade da portaria do prédio pela vida agitada sem horário pra nada do Marcos.

Bom, isto posto, quero dizer que a maioria das coisas que tenho escrito aqui, ou no Twitter, ou onde mais eu tenha escrito algo, tenho escrito para réis. A razão pela qual tenho feito isso é porque faz parte do meu trabalho encontrar e despertar esses reis para colocar em ordem as coisas.

Se você não está entendendo nada do que leu até agora, ou está muito indignado com o que acabou de ler, com certeza este texto não foi feito pra você. Nem esse nem a maioria das coisas que tenho escrito. Peço desculpas por ter feito você perder seu tempo, e o aconselho a deixar de me acompanhar nas redes sociais ou aqui no blog. Agora, caso você tenha não só entendido, como também conseguiu se posicionar no texto que escrevi como rei, então fique por perto e observe, porque de agora em diante vou passar e apresentar ferramentas de vida para reis.

Quem me acompanha no Twitter tem visto que tenho mudado o discurso e o tom, e que tenho anunciado que as coisas vão mudar radicalmente no meu perfil do Twitter e aqui no blog. E vão. Eu pretendo ser um estopim para uma revolução na vida de muitos. E vou começar colocando um espelho na sua frente, e mostrando quem você realmente é.

E aí? Rei ou escavo?

;)


Giordano Nârada