Madrugada, silêncio nas ruas, todos dormem, na verdade nem todos
Canta o galo, alvorada, luz por detrás dos grandes prédios
As lâmpadas se apagam e o silêncio já não é
Som de motores, buzinas e vozes, talvez alguma música
Som da vida moderna, som do dia
A Terra gira em torno de si e dizemos que o tempo passou
Uma volta completa em torno do Sol e celebramos mais um aniversário
O Sol está no centro do céu: hora do almoço
A lua surgiu no horizonte, outra noite, outra vez
Tempo? Ilusão. Movimento? Sempre
Ontem e hoje acontecem agora, ainda que seja de noite
O amanhã nunca veio, pois sempre foi o agora que será
Tudo é como sempre foi, ainda que não seja
O rei imóvel observa o movimento dos astros
A dança dos súditos coroa o que estava antes do tempo
Pois o tempo é a dança, e a música... Ah a música...
A música não pode ser ouvida por quem não compreende a dança
Todos dançam, mas nem todos sabem a música
E quem sabe a música, não sabe outra
Quem sabe outra não canta, e já que não canta, continua a dança
A mesma dança, a mesma música, como sempre foi
Giordano Narada
11/11/11
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