domingo, 14 de abril de 2013

Almas Gêmeas, que besteira!

Durante toda a minha vida eu achei que deveria me envolver com alguém que me completasse, que me fizesse sentir inteiro. Minha outra metade, alma gêmea, enfim, alguém que me fizesse feliz.

Em algum momento da minha vida me envolvi com alguém que julguei ser minha alma gêmea, e eu queria ser "um só" com esse alguém. Mas ela me falava coisas sobre individualidade, sobre ser dois inteiros e não "um só". Falava de um relacionamento que poderia existir mesmo que ficássemos dez anos sem nos encontramos. Também falava sobre espaço, e que cada um poderia ter sonhos diferentes, e que ao invés de DIVIDIR uma vida, a ideia deveria ser SOMAR, mas sem se diluir.

Na época eu não entendi, e esse relacionamento acabou. Fiquei sozinho por um tempo, e depois percebi que, desde que eu me entendo por gente, nunca fiquei sozinho. Sempre arrumava um jeito de estar com alguém, como que pra me proteger da solidão. Mas dessa vez não havia ninguém, fiquei só de verdade, e então entendi.

Entendi que sou completo, que não preciso de outra pessoa pra preencher uma parte que falta ou pra me fazer feliz. Se existe alguém que pode me fazer feliz, esse alguém sou eu. Ser sozinho não é sem incompleto. Estar acompanhado não é se completar.

Hoje encontrei esse vídeo na rede, com uma narrativa em texto, e me emocionei. O conteúdo do texto é praticamente tudo o que eu ouvia dela no passado, mas não era capaz de entender. Hoje eu entendo, mas não percebi que entendia até ver este vídeo, e eu queria compartilhar com vocês pra que, quem sabe, vocês também entendam, e sejam completos, sem a necessidade de sobreviver às custas da alma de outra pessoa.

Segue o vídeo:


Giordano Assunção
Itapema, Sc
14/04/2013
18:01