quinta-feira, 21 de março de 2013

Será que visitamos outros mundos enquanto dormimos?


Essa noite eu tive um sonho interessante. Na verdade, acho que não foi só um sonho, foi uma visão. Sonhei com um outro mundo, ou talvez fosse o nosso, mas em outro tempo.

Em meu sonho, alguém me contava seu sonho, pra que eu interpretasse. Não sei interpretar sonhos, mas me parecia que, quem estava me contando seu sonho, acreditava que eu poderia interpretá-los. Enquanto esse alguém me contava seu sonho, fui transportado para outro lugar, e como que despertado de um sonho para dentro de outro sonho, acordei à beira de um lago. Não era nem tarde, nem noite. Estava naquele período onde a lua e o sol se encontram. O crepúsculo.

Era um lago extraordinariamente lindo, de águas calmas, porém escuras. Mas não eram escuras por estarem sujas, mas sim, por serem águas profundas. Observei o lago e notei que havia estranhas criaturas se movendo ali. Eram como crocodilos, porém albinos e dóceis. Como uma mistura de crocodilos com golfinhos, ou botos, já que estamos falando de água doce.  Notei que também havia peixes enormes e coloridos, como Carpas gigantes. Os peixes também eram dóceis, e pareciam interessados em mim.

Levantei os olhos e olhei para além do lago. Vi que havia uma grande cidade do outro lado. Havia um aglomerado de prédios enormes, muito próximos uns dos outros. Tive a impressão de que não havia casas naquela cidade, apenas prédios. Os prédios tinham um design futurista, do tipo que se vê em filmes de ficção cientifica, e alguns ainda estavam em construção, perto do lago. Parecia que logo chegariam aos limites do lago e já não teriam mais onde construir.

Olhei para a minha direita e havia uma cabana de madeira. Não condizia com o cenário futurista que havia acabado de notar, mas fazia todo sentido quando eu olhava para o lago.

Olhei ainda para traz de mim, e vi um uma terra vasta, cheia de pequenas elevações, pouquíssima vegetação, e aqui e ali, alguns prédios seguindo o padrão dos que eu havia visto do outro lado do lago, se erguiam como surpresas em um terreno tão irregular. Não havia um padrão de distanciamento entre um prédio e outro deste lado do lago. Era como se alguém houvesse “semeado” os prédios aleatoriamente pro ali.

Olhei pra cima e vi a Lua, e três luzes azuis brilhantes próximas a ela. Perguntei-me se eram estrelas ou planetas, mas não sei dizer o que eram. Vi também o sol se pondo, e havia uma estranha luminosidade azul por todo o lugar. Tanto nos céus, quanto na terra, quanto na água.

Senti que a visão iria acabar. Pedi para continuar vendo, pois havia muito o que explorar. Eu estava curioso pra saber mais sobre o lugar e, não sei por que, mas me pareceu coerente pedir, com se a visão estivesse me sendo dada por alguém. Mas não fui atendido e acordei aqui, em minha casa, com a sensação de ter visitado um outro mundo, ou um outro tempo.

Dizem que quando dormimos, morrermos, ainda que momentaneamente. E que quando morremos nos desprendemos deste mundo e visitamos outros. Porém, quando retornamos, não temos lembranças do que vimos ou experimentamos.

Talvez eu tenha realmente visitado um outro mundo, e tenha me lembrado. Mas por que eu fui até lá? Por que me lembrei de tudo? Quem me levou até lá? Será que um dia vou voltar?

Acho que nunca mais vou dormir sem pensar neste estranho e fascinante mundo que um dia conheci.

Giordano Narada
Itapema, Sc
21/03/2013
22:00

Um anjo chamado Eliot (99 Balloons)

Não acredito em Deus! Pelo menos, não no Deus que as religiões apresentam, especialmente a religião cristã. Um Deus que exige e demanda respeito e honra, que pune que não o ama e adora, não merece nem meu respeito, nem minha honra, nem minha adoração, muito menos meu amor.

Mas acontece que, alguns seres humanos causam tamanho efeito em nós, quando passam em nossas vidas, que não dá pra não pensar que existe algo mais do que a nossa simples existência. Existe um propósito para estarmos aqui, há algo a fazer.

As vezes as pessoas nos tocam de uma forma que chegamos a pensar até que eram anjos. Demônios também aparecem de vez em quando, e alguns até conseguem marcar a vida de outros de modo permanente. Mas ainda assim, os anjos existem.

Eu assisti um vídeo hoje que conta a breve história de um anjo, que tocou a vida de duas pessoas no passado, hoje tocou a minha, e talvez toque a sua.


Sem religiosidade, sem misticismo, sem um livro de mandamentos, sem palavras...



domingo, 17 de março de 2013

Confissões em Três Movimentos - Tim Minchin

Acabei de ser apresentado a esse maluco, ouvindo Confissões em Três Movimentos. Ele se chama Tim Minchin e é um tipo de Rock N' Roll Nerd, que compõe músicas que misturam humor com consciência política, social e filosófica (minha cara né?).

Tipo, o cara consegue falar da importância de preservar o meio ambiente ao mesmo tempo em que expressa sua paixão por apalpar peitos. Adorei esse cara.

Assiste ae e deixa um comentário aqui em baixo me falando o que você acha do cara belez?


Se a legenda não funcionar, tem que clicar no ícone "legendas" do vídeo pra ativas.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Som + Água = Arte (Quando as águas dançam)

Ciência, Arte e Natureza, quando combinadas sempre trazer benefício e beleza. Achei que valia a pena mostrar aqui esse vídeo que mostra como a interferência do som, em determinada frequência, pode dar forma a outra massa.

Veja como a água dança ao som da música:


O efeito que você está vendo não pode ser visto a olho nu, só da pra ver através de uma câmera que dispara a 24 fps. No entanto, existe uma versão do projeto que pode fazer que o efeito seria visível a olho nu. Para esse projeto, você tem que usar uma luz estroboscópica.

Quem sabe uma hora dessas ainda veremos as águas dançando por aí?!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Dúvidas que angustiam a alma



Eu tenho experimentado uma dúvida tão angustiante que às vezes tenho a impressão de que vou enlouquecer.

Sempre tive uma vida muito difícil, sempre fui pobre. Mas desde os 18 anos eu aprendi a ganhar dinheiro, e comecei a fazer meu caminho. Desde então já ganhei muito dinheiro, mas perdi logo em seguida por causa das associações que fazia. Era competente em ganhar, mas sempre estava vulnerável a alguém que me “quebrava as pernas”.

A última vez foi bem recente, quando comecei um negócio novo e promissor aqui em Santa Catarina. Mas, de uma hora pra outra, meu fornecedor de produtos parou de vender e mudou todo o negócio. Como era uma coisa nova, não existia ninguém em Santa Catarina além desse distribuidor, e eu não tinha cacife pra bancar a vinda do produto de São Paulo. Meu negócio promissor foi por água abaixo.

Mais uma vez, tudo ia bem até que alguém interrompeu o processo e, como sempre, o único prejudicado fui eu. Agora, me diga que tipo de macumba é essa que está sobre mim?

Pensando sobre isso cheguei a duas conclusões:

Eu sei ganhar dinheiro, e isso já está provado. Aprendi o caminho do foco e da determinação. Isso realmente funciona. Mas é aí que entra a segunda conclusão. Eu preciso resolver alguma coisa dentro de mim, que faz com que eu atraia sobre mim essas coisas ruins.

Em resumo, sou competente, mas sou azarado.

Depois de entender isso fui colocado diante de dois caminhos. Ou eu entro de cabeça nessa de ganhar dinheiro e amarro melhor as coisas (contratos e acordos melhores), ou eu me concentro em resolver o que, dentro de mim, faz com que essas coisas ruins aconteçam sempre.

O problema é que, quando fui procurar saber o que tinha pra resolver aqui dentro, entendi que é algo tão importante pra mim quanto pra todas as outras pessoas no planeta, pois diz respeito à nossa evolução. Essas questões que eu tenho pra resolver em mim, tem a ver com a minha relação com as coisas materiais em detrimento do que é realmente importante, que é a espiritualidade.

Agora, quando falo em espiritualidade, não estou falando em religião, em hipótese alguma. A religião é um câncer que precisa ser eliminado. Mas estou falado de uma realidade que não estamos dando atenção porque estamos concentrados em coisas temporais e passageiras. Estou falando de quem ou o que nós realmente somos.

Fico em busca de grandes negócios, sempre, porque quero ter dinheiro suficiente pra não pensar em dinheiro e poder me concentrar nas coisas realmente importantes. Mas acho que isso é meio que uma maneira que eu achei pra tentar enganar a mim mesmo, disfarçando a ganância e o desejo de poder. Porque eu me pego pensando no que o dinheiro que eu vou ganhar pode proporcionar a mim, ao invés de estar pensando em modos de servir a humanidade com meus talentos e habilidades desde já.

Então, cheguei a um ponto onde tenho que escolher se vou seguir o caminho dos que se tornam ricos, ou vou seguir o caminho dos que evoluem até o ponto onde o dinheiro não é importante.

Hoje, estou quebrado. Mas já estive assim antes, e já me levantei outras vezes. Então posso escolher me levantar de novo, ou posso escolher ficar aqui e resolver as coisas dentro de mim.

Já fazem mais de 10 anos que estou nesse sobe e desce desgraçado. Já mudei de ideia centenas de vezes. Tudo o que eu fiz deu certo no começo, mas depois alguém puxou meu tapete. Isso pode ser um sinal de que o meu caminho é pra dentro e não pra fora, ou pode ser apenas medo de enfrentar mais uma batalha e perder, outra vez.

O que você escolheria se estivesse no meu lugar?

Giordano Narada
Itapema, Sc
13/03/2013
14:14

terça-feira, 5 de março de 2013

Outro dia me procurei por aí...



Outro dia me procurei por aí, mas não me encontrei. Perguntei em todos os lugares, mas ninguém soube de mim. No caminho, encontrei um homem chamado Cristão e perguntei se ele sabia onde eu estava. Ele me disse que se eu encontrasse a Cristo, me encontraria também. Segui pelo caminho que ele indicou, cada detalhe com cuidado. Depois de muito tempo caminhando, descobri que estava andando em círculos. Não encontrei, nem a Cristo, nem a mim.

Decidi tentar outros caminhos, me procurar em algum outro lugar. O que não faltou foi gente pra me ajudar. Havia um cara chamado Esoterismo, misterioso e atraente, que parecia saber o caminho. Mas logo descobri que ele estava mais perdido do que eu. Mesmo assim, Esoterismo me apresentou muita gente interessante. Seus vários amigos do Oriente também tentaram me ajudar, mas no fim, todos estavam perdidos também. Porém, depois de uma longa conversa com todos eles em uma noite qualquer, me disseram que talvez eu não estivesse perguntando às pessoas certas, afinal, nenhum deles sabia como eu era, já que nunca me conheceram. Com então poderiam dizer onde eu estava?

Então entendi que deveria perguntar onde eu estava para quem me conhecia de verdade. Mas quem me conhece de fato?

De um estalo, enquanto pensava sozinho a respeito dessas coisas, soube o que tinha que fazer. Só havia uma pessoa que já havia me visto com sou de verdade e me conhecia por completo: EU MESMO, só que no futuro.

Claro, como eu não havia pensado nisso antes?

Coloquei meu casaco e parti em direção ao futuro à procura de “EU MESMO”. Cruzei desertos e mares, montanhas e vales. Enfrentei perigos, espadas, frio e fome. Conheci muitos lugares lindos também, e enfim, cheguei ao meu destino. O Futuro.

Chegando ao Futuro, fui recebido por “EU MESMO”, em um lugar solitário. Ele, aproximando-se de mim, não me permitiu que falasse qualquer palavra, pois ali elas não eram necessárias. “EU MESMO” me abraçou, e no calor de meu próprio abraço, simplesmente compreendi:

“Você está onde não está. Nem aqui, nem lá, mas em movimento. Portanto, estar é o verbo errado. Ser é o correto”.

Então tudo ficou claro. Eu nunca poderia ter me encontrado com a ajuda de nenhum dos amigos que conheci pelo caminho, porque nenhum deles é. Meus amigos estão, mas não são. Já eu, embora esteja hoje aqui e agora, amanhã já não estarei aqui. Não estarei porque sou, sempre em movimento.

Então, finalmente descobri que o que eu precisava achar era a minha busca, e agora que encontrei, posso continuar procurando.

Ser é estar em movimento, seguindo sempre para onde não estou, mas apenas sou.

Giordano Narada
Itapema, Sc
06/03/2013
00:20 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Viva as Cyber-Hienas, os Homens-Foca e as Mídias Sociais!


Em um tempo de Cyber-Hienas, que gastam 98% de sua experiência online procurando alguma coisa pra rir, alguns poucos gatos-pingados ainda insistem em pensar seriamente sobre como fazer a diferença nesse mundo de merda em que vivemos.

Ainda bem que isso não tem graça nenhuma, do contrário, teríamos dezenas de milhões de pessoas compartilhando vídeos e posts sobre a importância de fazer a diferença no mundo, criando imagens com frases poéticas ou irônicas no Facebook, fazendo Blogs pra mudar o mundo, mas na prática, não fariam absolutamente nada, porque é isso o que se faz em 98% de qualquer movimento nascido nas redes sociais. Nada.

Antão, eu queria comemorar.

Um "Viva!" para as Cyber-Hienas tetraplégicas de alma e espírito, que gastam o que lhes resta de cérebro tentando entender a próxima piada.

Um "Viva!" para os Homens-Foca, que aplaudem freneticamente os auto-intitulados comediantes de internet, que são milhares e que refletem seu público de milhões.

Um "Viva!" para as Mídias Sociais, que promovem a merda como se fosse o mais puro ouro.

E finalmente, um "Viva!" para você, que vai ler esse texto até o final, e depois vai voltar pro Youtube pra assistir o próximo vídeo de comédia e esquecer completamente do que você leu aqui.

Viva!

Giordano Narada
Itapema, Sc
01/03/2013
21:37